Resenha da Antologia Minha Alma Animal - Editora Illuminare - Rapeize Dinâmica

Rapeize Dinâmica

Um blog para quem ama literatura, artes gráficas e entretenimento digital.

Bombando

19 fevereiro, 2020

Resenha da Antologia Minha Alma Animal - Editora Illuminare

Livro: Minha Alma Animal
Editora: Illuminare
Ano: 2019
Autores: Adrielle Sena Branco, Chris Liboa, Heloísa de Souza, Láis Lala, L. C. Costa, Marissol Lourenço, Michael Hermann, Nancy Scarlett-Hayalla, Paulo Santana, Raquel Alvim, Regiane Silva, Roberto Minadeo, Tauã Lima Verdan
Sinopse: O livro não possui sinopse, mas o fio condutor são os animais e sua relação com os seres humanos, algo característico das antologias Illuminare, um tema como "fio condutor".



Acabei de ler a Antologia fresquinha que saiu da Illuminare, na qual tive a honra de participar com um conto e um poema: Minha Alma Animal

Sempre gostei de animais então foi uma vibe bem bacana poder participar de um projeto assim. Uma das melhores sacadas na diagramação desse livro é a frase de abertura:

"Podemos julgar o coração de um homem pela forma como ele trata os animais", Kant


Use esta frase sempre que alguém quiser maltratar seu bichinho de estimação. Vou aproveitar e mostrar pra vocês aqui o meu, minha gata de 4 meses, a felina Hermione:

Com sua rara pelagem cinzenta

Os contos são organizados por ordem alfabética, mas com base nos nomes de cada autor(a). Quando li, porém, a leitura fluiu bem, a organização não atrapalhou em nada. O livro possui muito mais contos que poemas e os poemas que há nele são, em geral, curtos, com exceção do último texto do livro, o poema Liberdade Animal, de Tauã Rangel.

Como todo livro de contos, tem uns que a gente gosta mais, outros que a gente gosta "menos" ou simplesmente não são muito elaborados. Na verdade, não há um conto nele que eu ache "ruim". Todos são bacanas de serem lidos. 

Mas gostei muito de três, em particular:

✪ do conto O Gato de Rebecca, por brincar bastante com possibilidades e superstições; o conto é da autora Chris Lisboa;

✪ do conto O Gato Preto, da autora Raquel Alvim, por ter muitos elementos de conto fantástico e fantasia, além de ser muito bem escrito; e

✪ do conto Fidel, ... de fidelidade, do organizador da Antologia (ao lado de Marissol Lourenço), Michael Hermann, que foi praticamente o único que, ao fim, fiquei arrepiado. Acredito que o autor adicionou o "... de fidelidade" justamente para o significado não ser tão associado assim ao ditador Castro. Mas, na verdade, acredito que o nome do conto "brinque" com a temática abordada, de as coisas não serem exatamente conforme o que parecem e/ou conforme as pessoas as taxam. Vale a pena a leitura.

Dentre os poucos poemas, gostei muito do poema Vossa Majestade, de Paulo Santana, por abordar o leão de forma gloriosa e, talvez, atinando para a questão bíblica de Cristo, o assim chamado Leão da tribo de Judá. Aliás, se o livro fosse organizado por assuntos, seria legal colocar esse poema antes do meu conto, já que meu conto ("O Que Me Resta É - um conto trágico para ser lido ao som de Lustmord") aborda um animal totêmico que é um leão.

Sobre minha participação, 
penso que eu dei o meu melhor nesse conto. Eu o reli, já, umas dez vezes ou mais. É interessante notar o encadeamento de ideias que eu consegui imprimir. Digo isso com modéstia à parte, mas por sinceridade mesmo: Nem sempre a gente consegue escrever/desenhar/pintar da melhor forma. Por exemplo, minha última escultura que postei no YouTube; apesar de ser só um rascunho, muita gente deu dislike e, realmente, a qualidade do vídeo não está excelente. Mas nesse conto eu procurei fazer o melhor e ainda pude contar com a mãozinha mágica da minha amiga Pam Gonçalves do Blog Interrupted Dreamer, que leu e me ajudou com suas impressões. Pamzinha, mil valeus! Fiz um poema também, que eu penso que é cheio de significações interessantes, sobre relacionamentos.

Em resumo,
o livro é uma leitura rápida, de um ou dois dias se você ler direto, para quem vê nos animais e seu modo de vida uma lógica mais pura, mais próxima ao ideal campestre da natureza, como o movimento do arcadismo propunha.

2 comentários:

  1. Oie Lincoln!
    Parabéns pela sua participação no livro. Queria muito ler.
    Adorei sua gatinha. Eu tenho dois, e um doguinho.
    Concordo completamente com a frase de abertura. Odeio quem odeia e maltrata animais.
    E o desenho do doguinho está lindo.
    Beeijo!!

    Grazy Carneiro
    Meus Antídotos

    ResponderExcluir

Fique à vontade para comentar, se desejar!